Bate papo
Conversa sobre diplomacia
Especialista em Relações Internacionais, Marcella Winter palestra sobre diplomacia, nesta sexta-feira, no Direito
Jô Folha -
Uma carreira permeada por desafios, delícias e responsabilidades. A especialista em Relações Internacionais, Marcella Winter, está em Pelotas para roda de conversa, às 10h, na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pelotas, sobre a profissão de diplomata. Ela também palestra, às 16h, na Semana Acadêmica do curso de Relações Internacionais/UFPel, sobre a cooperação nuclear entre Brasil e Argentina durante o período ditatorial que os dois países passaram.
Marcella é bacharel em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e tem mestre na mesma área pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Atualmente, é coordenadora de operações acadêmicas na Damásio Educacional, instituição que oferece o curso Clio, da Damasio Educacional, voltado para o concurso para diplomata brasileiro.
Ela mesma já quis seguir a profissão cuja função é estabelecer a relação entre países, seja ela cultural, política, econômica. “O diplomata representa o país fora da nação. É um trabalho que lida com questões humanitárias, de segurança e também de burocracia, produzindo documentos importantes acerca de acordos entre países”, explica.
O trabalho, ela exemplifica, pode ser desde conquistar que brasileiros possam dirigir na itália utilizando habilitação do local de origem, até missões que busquem a paz entre dois povos, como o caso do recente encontro entre Donald Trump e Kim Jong-Un, histórico dentro do conflito entre Estados Unidos e Coreia do Norte. “O diplomata age na elaboração destas políticas de conciliação, de negociação entre dois lados, sempre buscando uma solução que não utilize armas.”
Integração
Marcella acrescenta que o diplomata tem a missão também de reforçar a integração regional entre países. E é exatamente este o ponto em que ela focou a formação acadêmica: na necessidade de o Brasil estreitar laços com os vizinhos. “O Brasil tem essa separação histórica em relação ao restante da América do Sul, principalmente por conta da língua, mas também por uma série de outros fatores. Entretanto, é um mercado muito importante para nós. E além disso há a questão cultural, principalmente aqui no Rio Grande do Sul, onde a fronteira praticamente não existe”, comenta.
É essa necessidade de retomar a política externa com qualidade que ela deseja que o próximo Presidente da República, a ser eleito em outubro, tome como prioridade em termos diplomáticos. Ter como foco os arranjos multilaterais, como o BRICS, e, principalmente, fortalecer o Mercosul. “Fazer com que ele se expanda em termos de funções econômicas e políticas”, diz.
Concurso
Em 2018, o concurso pra diplomata, organizado pelo Instituto Rio Branco, disponibilizará 26 vagas e é dividido em três partes: uma prova objetiva, com questões de língua portuguesa, língua inglesa, história do Brasil, história mundial, política internacional, geografia, noções de economia, noções de direito e direito internacional público; uma prova escrita de língua portuguesa e inglesa; uma prova escrita de história do Brasil, geografia, política internacional, noções de economia, noções de direito e direito internacional público, língua espanhola e língua francesa. As inscrições, entretanto, já estão encerradas.
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