Reviravolta

Cotista consegue retornar à UFPel

Estudante de Medicina havia sido desligado da universidade após denúncia de fraude no sistema de cotas

Um estudante de Medicina desligado da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), após denúncia de fraude no sistema de cotas, teve sua matrícula garantida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. O entendimento foi de que o candidato preenchia os requisitos requeridos pela universidade à época do ingresso.

O universitário ingressou na UFPel em 2016 por meio do sistema de cotas raciais. Após a denúncia de fraude ele foi convocado para prestar esclarecimentos à UFPel, que determinou seu desligamento do curso, por entender que ele não apresentava o fenótipo necessário para se enquadrar nos parâmetros da vaga.

Ele ajuizou ação na 2ª Vara Federal de Pelotas pedindo a sua permanência no curso. O estudante sustentou ter preenchido todos os requisitos para o uso da vaga e que se autodeclarou pardo não só pelo fenótipo, mas também pela ancestralidade, por sua origem socioeconômica e posicionamento político, tendo a universidade validado sua autodeclaração após entrevista.

O pedido foi julgado procedente. A UFPel recorreu ao tribunal. A instituição alegou ter o dever de reexaminar declarações de etnia feitas por alunos, como forma de preservar a política pública que embasa a existência de cotas étnicas. O entendimento da 4ª Turma foi de manter a decisão da primeira instância. O relator do caso, desembargador federal Luís Alberto d'Azevedo Aurvalle, explicou que a própria universidade havia chancelado o critério da ancestralidade, paralelamente ao fenotípico, vindo a desfazê-lo quando o aluno já estava matriculado.

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