Economia
Feriados em 2018 preocupam comércio
Setor costuma registrar perdas significativas nas datas sem atividade econômica no país
Paulo Rossi -
O ano novo chega com muitos feriados. Para quem vive em Pelotas serão 16 datas, considerando também pontos facultativos nacionais definidos pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e publicados no Diário Oficial da União. Se para a população é mais oportunidade de descanso, o comércio encara com preocupação a quantidade de feriadões pelo caminho.
De acordo com presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Pelotas (Sindilojas), Gilmar Bazanella, a expectativa é de um efeito negativo, em especial na indústria. Ele considera uma média de 22 a 23 dias de trabalho em um mês. Levando em conta as 16 datas, o número é superior a dois terços de um mês sem trabalhar. “Não tem como ser bom para a economia”, lamenta.
Apesar de os feriados estimularem o turismo, Bazanella não crê na possibilidade desse setor compensar as perdas dos outros, contrapondo com cidades como Gramado, onde o turismo e o comércio trabalham juntos. “Aqui não se consegue vencer essas perdas”, projeta o presidente. Apesar disso, ele crê em um ano melhor nas vendas. “Depende do comportamento da economia no país, mas se mantiver a crescente, o ano pode ser melhor.”
Proprietário de uma loja no centro e de outra no Shopping Pelotas, Roberto Peter também lamenta os feriados. “É péssimo, afeta muito”, garante o lojista. Apesar disso, ele também crê em um ano superior a 2017 nas vendas, por considerar o povo mais “confiante e solto” na hora de ir às compras.
No país
Os dados divulgados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), levando em conta apenas feriados nacionais, prevê perdas de até R$ 11,3 bilhões em decorrência dos feriados. O valor é 15% superior ao do ano passado.
Mesmo considerando o mesmo número de feriados em ambos os anos, o aumento projetado se dá pela expectativa de crescimento nas vendas do comércio para o novo ano. A FecomercioSP desconsiderou feriados estaduais e municipais para o estudo, além do comércio de bens duráveis, como veículos e eletrodomésticos, além de desconsiderar a Copa do Mundo de futebol, a ser realizada entre junho e julho. Para Gilmar Bazanella, tanto o Mundial como as eleições de outubro podem acabar interferindo no comportamento da economia nacional ao longo do ano.
Calendário
Apenas duas das 16 datas caem em quarta, sábado ou domingo, impossibilitando prolongar os feriados. Nas outras, seis cairão em uma segunda ou sexta-feira e outras seis em terças ou quintas. Além disso, há a segunda-feira de carnaval e quarta-feira de cinzas (até meio-dia), considerados pontos facultativos, entre o feriado da terça-feira.
Janeiro
1 - Segunda-feira - Confraternização universal
Fevereiro
2 - Sexta-feira - Nossa Senhora dos Navegantes (Feriado Municipal)
12 - Segunda-feira - Carnaval (Ponto facultativo)
13 - Terça-feira - Carnaval
14 - Quarta-feira - Cinzas (Ponto facultativo até 14h)
Março
30 - Sexta-feira - Paixão de Cristo
Abril
Sábado - Tiradentes
Maio
1 - Terça-feira - Dia do Trabalho
31 - Quinta-feira - Corpus Christi
Setembro
7 - Sexta-feira - Independência do Brasil
20 - Quinta-feira - Revolução Farroupilha (Feriado estadual)
Outubro
12 - Sexta-feira - Nossa Senhora Aparecida
28 - Domingo - Dia do servidor público (Ponto facultativo)
Novembro
02 - Sexta-feira - Finados
15 - Quinta-feira - Proclamação da República
Dezembro
25 - Terça-feira - Natal
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