Reclamações

Incerteza sobre retorno às aulas gera protesto em escola de Pelotas

Pais, funcionários e alunos da Emef Getúlio Vargas querem uma definição sobre o destino do educandário interditado há mais de um mês

Foto: Divulgação - DP - Responsáveis e alunos seguravam balões e cartazes

Às vésperas do fim das férias escolares de julho, pais, alunos e funcionários da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Getúlio Vargas, no Núcleo Habitacional Getúlio Vargas, protestaram na manhã desta quinta-feira (27), fechando a rua Leopoldo Brod, uma das principais vias do bairro Três Vendas. Por quase uma hora, o trânsito ficou interditado enquanto os manifestantes erguiam cartazes e balões pretos e emitiram sons de apitos e chocalhos. Carros e caminhões tiveram que contornar por ruas adjacentes e demonstraram apoio através das buzinas. A intenção é ter uma resposta definitiva da Prefeitura sobre o futuro da escola e dos alunos. Paralelo à manifestação, uma reunião entre Executivo e Secretaria Municipal de Educação e Desporto (Smed), tratava da recuperação desta e de mais 48 escolas atingidas pelo ciclone extratropical.

"Até o momento não tem nada esclarecido. Simplesmente interditaram a escola de um dia para o outro e estamos sem perspectivas de retorno, ou para onde vão mandar nossos filhos. Queremos uma resposta concreta", disse a cuidadora de idosos, Tuane Silveira da Silveira, 29. A angústia dos pais é de não saber se a Prefeitura alugou um novo espaço no bairro (proposta original), ou se os filhos serão deslocados para outros educandários, arcando com gastos como transporte público ou particular (vans).

"Não sei por que não fazem como nas outras escolas que tiveram problemas estruturais e colocaram contêineres e as obras seguiam paralelamente. Solução tem, só não querem fazer", diz a moradora do bairro, Juliana Reis Coelho, 31. "Meu filho foi transferido para uma escola no Pestano, por ter completado o 5º ano, mas minha pequena vai entrar para o pré e eu preciso que a escola seja na comunidade." A maioria dos participantes do ato quer que a escola seja reconstruída, pois considera o melhor espaço para a educação dos filhos.

Relembro o caso
No dia 26 de junho a Escola Getúlio Vargas foi interditada e as aulas suspensas por questões estruturais no assoalho de madeira e no forro do teto, problemas já apontados no início de 2022. Com a medida, os 368 alunos que cursam até o 5º ano tiveram as férias antecipadas, sendo que a promessa inicial da Smed seria a recuperação no início de agosto. A suspensão das aulas veio junto com a promessa que um prédio seria alugado, servindo de sede provisória e que uma equipe de engenharia teria iniciado o projeto de uma nova escola.

A secretária Adriane Silveira, explica que a escola Getúlio Vargas não passará por reformas, pois os custos não compensam. Uma nova estrutura terá que ser construída no local. "Estamos avaliando as alternativas para que as aulas sejam retomadas mais brevemente. Na segunda-feira teremos uma nova reunião com a comunidade para que possamos decidir em conjunto qual melhor caminho".


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