Projeto

Liga de Robótica da UFPel busca recursos para participar de competição

Grupo quer levar pelo menos quatro integrantes para competição internacional na Bahia

Foto: Carlos Queiroz - DP - Robô Theta faz parte do projeto da Liga PinguimBots

Já imaginou um robô capaz de realizar tarefas domésticas e interagir com pessoas? Esse tipo de tecnologia está cada vez mais real mundo afora e, também, na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), através do robô Theta, desenvolvido pela Liga de Robótica da instituição. O objetivo do grupo é levar o robô para a Competição Latino Americana de Robótica (Larc), que ocorre entre os dias 7 e 12 de outubro, na Bahia. Para realizar a viagem, a Liga está em busca de apoio da comunidade para levantar os recursos financeiros necessários.

A PinguimBots, nome oficial da liga, existe desde 2019 e reúne cerca de 40 participantes de diversos cursos como Engenharia Eletrônica, Ciência da Computação, Engenharia de Controle e Automação e outros. "O projeto começou como uma maneira de integrar vários cursos da universidade na tentativa de fomentar a robótica na UFPel e na comunidade", relembra o pós-graduando em Computação, Kristofer Kappel. Dentro do projeto, diferentes linhas de trabalho são desenvolvidas com focos variados, como futebol de robôs e drones.

O robô Theta faz parte da linha de trabalho chamada @home, que foca no desenvolvimento de robôs para o ambiente doméstico. Na Larc, essa também é uma das categorias de competição. "Nessa linha, a arena das competições é uma casa. Eles entram e precisam fazer tarefas do dia a dia. Essas tarefas podem envolver interação com humanos, como jogo de perguntas e respostas, ou outras atividades, como tirar o lixo de casa ou recepcionar pessoas", explica Kappel. Na PinguimBots, dez pessoas fazem parte dessa linha de trabalho.

Importância do projeto
Para além da participação na competição internacional, o desenvolvimento do robô e dos projetos da liga como um todo tem o objetivo principal de fomentar a robótica na cidade e promover, também, melhorias para a comunidade. "A base do nosso robô é uma cadeira de rodas motorizada. Toda nossa ideia é trabalhar em cima dela para que seja automatizada. A gente consegue programar ela para andar sozinha. Esse é um fato muito importante", destaca a estudante de Engenharia de Controle e Automação, Vitória Fabrício.

Segundo os integrantes, essas mudanças tornam a cadeira motorizada mais estável, possibilitando o uso da tecnologia para idosos que possuem Doença de Parkinson ou espasmos e, por conta disso, não conseguem controlar a cadeira atualmente. O estudante de Engenharia Eletrônica Herick Dall Agnol comenta um dos momentos mais marcantes vividos na liga, durante um evento de robótica em Rivera. "Quando estávamos expondo, expliquei para uma criança que muitos idosos com problema de movimentação não conseguem usar uma cadeira motorizada. Expliquei que, com nossos sensores, a cadeira desvia do obstáculo e segue a rota. Ela abriu um sorrisão e me disse que a avó não podia usar por causa disso e que ia sair feliz por saber que um dia ela vai poder usar", relembra.

Busca por recursos
Sem verba específica para o projeto e apenas com um dos participantes com bolsa para desenvolver as atividades e garantir a compra de equipamentos, a Liga está em busca de ajuda para cobrir os gastos da viagem até Salvador, na Bahia. "Cada um vai ter que gastar com inscrição na competição, deslocamento e estadia. Chega a uns R$ 2 mil por pessoa", estima Kappel. A meta é levar, pelo menos, quatro integrantes do grupo. "Mas queremos levar o máximo de pessoas possível", destaca o pós-graduando.

O time já participou duas vezes da competição e, em uma delas, alcançou o quarto lugar na categoria. Agora a equipe, que ainda vai implementar melhorias e alterações no robô Theta até a data do campeonato, quer chegar no pódio da categoria @home. Através da chave Pix (53) 98425-8388, e também de vaquinha online disponível no perfil da PinguimBots no Instagram, é possível colaborar e ajudar o time a participar do evento.

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