Realizado semanalmente no largo Edmar Fetter, o Mercado das Pulgas deixa seu ponto tradicional para ocupar um dos caminhos da praça Coronel Pedro Osório. A mudança não é novidade. Em anos anteriores, a Secretaria de Cultura optou pela transferência de local, a fim de proteger os expositores, as mercadorias e os visitantes do sol intenso característico dos primeiros meses do ano.

Neste sábado (4), os participantes da feira iniciaram a nova temporada em meio às árvores. O retorno ao largo deve ocorrer em março. “O ponto no Mercado Central é melhor”, aponta a expositora Patrícia Franco, que veio às 9h montar sua banca na praça. Ela participa da feira há cinco anos e diz que as vendas costumam diminuir durante o verão.

Mesmo com uma distância pequena entre os dois locais, o evento como um todo sente os efeitos da alteração. É perceptível a redução tanto do público, uma vez que muitos pelotenses não se encontram na cidade, quanto dos expositores, que aproveitam o período para tirar férias.

Frente à situação, apenas quatro expositores se fizeram presentes neste sábado, das 9h às 17h. A chuva durante a manhã também contribuiu para que alguns desistissem de levar os seus produtos. A expectativa é de que na próxima semana a participação aumente.

Para Elizabete Costa, que participa da feira há quatro anos, existem prós e contras na mudança. “O calor é insuportável naquelas pedrinhas do largo, ainda mais sem toldo. Porém, as vendas são maiores, porque aproveita-se o movimento do Mercado Central”, avalia. A vantagem de estar na praça, em sua opinião, é que se aproveita a natureza exuberante ao redor e, principalmente, a sombra das árvores, tão desejada nos dias mais quentes.

Professora aposentada, Elizabete conta que se inspirou no trabalho do irmão para criar seu brechó. Ele integrou a feira primeiro, comercializando livros. Assim, a irmã percebeu a possibilidade de uma fonte de renda extra ao vender roupas que perteceram a sua família. “Tudo novo e limpinho”, assegura.

O Mercado das Pulgas completa seis anos no mês de abril. Elizabete comemora o evento bem-sucedido e pretende continuar participando com o seu brechó por muitos anos. “É uma atividade física e mental que me mantém com gás para a vida. Já fiz várias amizades por aqui”, entrega.