Recursos
Novo contrato dá fôlego ao Hospital de Caridade de Canguçu
Em novo acerto com o Estado, instituição de Canguçu terá um incremento de R$154 mil por mês
Paulo Rossi -
O Hospital de Caridade de Canguçu (HCC) firmou esta semana um novo contrato com o Estado que prevê um incremento de R$154 mil mensais. Em intervenção do município desde o final do ano passado, o HCC ainda possui dívidas. No entanto, o cenário de salários atrasados e a falta até de material mudou. A previsão de déficit, projetado em R$2 milhões para 2019, também pode mudar e o incremento orçamentário pode aventar um equilíbrio nas finanças da instituição. A dívida total do HCC gira em torno de R$25 milhões.
Pelo novo contrato serão repassados R$ 6,7 milhões por ano para que a entidade continue prestando serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O contrato anterior era de R$4,5 milhões anuais em parcelas mensais de R$ 383 mil. Com o novo contrato, o hospital passa a receber mensalmente cerca de R$ 550 mil. Do montante, cerca de R$1 milhão serão de recursos estaduais e o restante do Ministério da Saúde. Dos 114 leitos disponíveis no hospital, 96 são oferecidos através do SUS.
O contrato foi assinado pela própria secretária estadual de Saúde (SES), Arita Bergmann, com o prefeito de Canguçu, Vinicius Pegoraro (MDB). "O novo recurso vai nos auxiliar a trabalhar o pagamento de algumas dívidas e manter o funcionamento do hospital", projetou o prefeito. Desde o final de 2018, o HCC passa por intervenção do município, decisão tomada pelo Executivo em um momento delicado da instituição.
Numa análise do semestre, Pegoraro destaca os repasses municipais, que superaram os estaduais no período. "Nestes seis meses, a prefeitura repassou cerca de R$ 2,6 milhões e o Estado R$1,6 milhão", indica.
Graças a uma parceria com a Câmara de Vereadores de Canguçu, comenta o prefeito, o HCC voltou a oferecer cirurgias. O Poder Legislativo repassa os recursos. "O contrato vai dar garantia de equilibrar, não vamos conseguir quitar muito o que tem pra trás, mas vamos equilibrar o futuro", projetou.
Alívio para trabalhar
Entre os trabalhadores do Hospital de Caridade de Canguçu, que nos últimos anos entraram tiveram que fazer greve porque chegaram a ficar três meses sem receber salários, hoje o cenário modificou. "Foram quatro anos de angústia, tristeza e desânimo para trabalhar", lembra a técnica em enfermagem Luciara Luna Lira.
Nos momentos mais críticos, faltavam até materiais básicos para o atendimento da população. "Toda hora a gente tinha essa expectativa, que ia fechar o hospital, que a gente não ia receber", recorda. Além de trabalhar no hospital, comenta Luciara, a preocupação era estendida a familiares e amigos que são usuários dos serviços.
UTI ainda sem previsão
Os dez leitos de UTI adulta, fechados desde 2016, ainda não têm previsão de serem reabertos. Com abrangência de atendimentos estadual, a reabertura da estrutura é esperada para aliviar a rede gaúcha. Mesmo podendo zerar o déficit até o final do ano, o prefeito Vinicius Pegoraro prefere evitar qualquer expectativa entre a comunidade.
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