Estrutura
Porto de Rio Grande terá nova dragagem
Com novo padrão de desassoreamento anual, custos desse processo devem ser iguais ao de 2022, com investimento de R$ 100 milhões
Foto: Divulgação - Portos RS - Empresa prestava de serviços de portaria, zeladoria, limpeza e pequenos reparos prediais
O Porto de Rio Grande vai passar por novo processo de dragagem. Ao contrário de outros anos, em que o processo levava alguns anos para acontecer novamente, esse virá um ano após o último desassoreamento. Com custos previstos de até R$ 100 milhões, a expectativa é que realizar a retirada de sedimentos do canal de acesso ao Porto com maior constância ajudará na competitividade da unidade, já que, dessa maneira, será mantida uma profundidade que permita a entrada e saída de navios de grande porte durante todos os períodos. Na prática, deverá ter aumento do calado e retirada de quase três milhões de metros cúbicos de sedimentos.
Segundo o presidente da PortosRS, Cristiano Klinger, estudos mostram a necessidade de manutenção constante dos canais e, nesse caso, o de acesso. "Isso diminui volumes, pela questão da economicidade, e dá segurança para navegação", garante. A etapa anterior foi encerrada no início do ano, removeu quatro milhões de toneladas de sedimentos. Para ele, essa constância gera impactos como evitar o assoreamento do canal, permitindo manter o mesmo volume de cargas em todos os períodos, com calado necessário para todos os navios.
A expectativa é que as atividades sigam ocorrendo normalmente, em paralelo com o trabalho de desassoreamento. De acordo com Klinger, todo o canal será dragado e, quando chega ao cais público, haverá janelas para realizar a dragagem quando não há navios. "Isso é organizado para manter a operação normal em todo o complexo."
O edital foi publicado e, até 21 de setembro, ocorrerá a abertura das propostas. Pelo prazo documental, há a expectativa de assinar contrato em meados de outubro para emitir a ordem de início de serviços e começar os trabalhos imediatamente. Ao contrário de um problema de 2017, quando questões ambientais travaram o início da dragagem, ele garante que, agora, há todos monitoramentos ambientais necessários dando suporte para obter as licenças junto ao Ibama. "Tem todo o monitoramento antes, durante e depois da obra de dragagem", garante, dizendo que toda a especificidade já está colocada em prática pela PortosRS.
Parte técnica
O diretor de infraestrutura, Lucas Meurer Cardoso, diz que essa segunda etapa é prevista no orçamento anual e há expectativa de retirar 2,7 milhões de metros cúbicos de sedimentos. "O principal ganho que nós pretendemos é passar de um calado operacional de 13,6 metros para 14 metros em todo o canal interno do Porto até os terminais graneleiros", explica, ressaltando que esses terminais são quem mais precisam de calado. Para ele, realizar o trabalho anualmente é uma obrigação devido à sedimentação do canal.
Outra expectativa é seguir pelos próximos anos realizando o processo, até chegar ao calado de 15 metros, que é o homologado do Porto, mas não é alcançado devido ao assoreamento. Segundo Cardoso, o objetivo é passar a receber embarcações ainda maiores.
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