Mais quatro lobos marinhos (arctocephalus australis) voltaram ao seu habitat natural na linda tarde ensolarada desta quarta-feira (5), na praia do Cassino. A equipe técnica do Projeto Pinípedes do Sul, que integra o Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema) ficou responsável pelo processo de soltura após cada animal marinho ter sido reabilitado pelo Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) da Universidade Federal do Rio Grande (Furg).

De acordo com a coordenadora de Comunicação do Nema, Manuela Soares, os animais foram encontrados com marcas causadas por impactos antrópicos, ou seja, lixo que acabam sendo engolidos pelas espécies marinhas e ocasionam a degradação dos ecossistemas. Os quatro exemplares passaram um período de 40 dias no Cram com o propósito de receber cuidados até a total reabilitação.

Manuela chama a atenção para os impactos antrópicos. "Nesse sentido, é necessário preservar o meio ambiente, realizando a gestão dos resíduos levados para a praia", observa. A dica do Nema é caso moradores ou banhistas avistarem algum animal debilitado ou descansando, deve entrar em contato com os órgãos responsáveis sem se aproximar. O Nema atende pelo telefone (53) 3236-2420 e o CRAM pelo (53) 3231-3496.

O projeto
O Projeto Pinípedes do Sul, que conta com o patrocínio da Petrobras, tenta reduzir as ameaças à conservação das espécies de mamíferos marinhos que inclui as focas, leões e lobos-marinhos e das tartarugas marinhas no sul do Brasil e aumentar o nível de proteção de duas Unidades de Conservação: o Refúgio de Vida Silvestre do Molhe Leste, em São José do Norte, e o Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos, em Torres, onde há grande concentração desses animais.