Demandas

Cpers se reúne com Leite e cobra reajuste

Sindicalistas se reuniram com o governador do RS na tarde desta segunda-feira (6)

Gustavo Mansur - Cpers cobrou reajuste do salário dos professores estaduais

Por Douglas Dutra
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Integrantes do Cpers Sindicato, que representa os professores estaduais do Rio Grande do Sul, se reuniram nesta segunda-feira (6) com o governador Eduardo Leite para cobrar o reajuste do piso salarial da categoria. O novo valor, anunciado pelo governo federal, tem um aumento de 14,95%. Ainda sem uma posição definitiva, eles devem se reunir novamente na próxima terça-feira (14) para continuar a discussão.

Se o reajuste for cumprido, o piso dos professores das escolas públicas passará de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55 - na jornada de 40 horas semanais. O Cpers pede o pagamento retroativo a janeiro. Para que o aumento possa ser pago pelo governo do Estado, é necessária a aprovação da Assembleia Legislativa. O Cpers cobra que o executivo envie a proposta de reajuste ao Legislativo.

Segundo o Cpers, o governo afirmou que há três possibilidades sendo avaliadas para viabilizar o reajuste, mas que apenas uma foi apresentada, que acarretaria mudanças no plano de carreira. "Nós não temos mais gordura nenhuma para cortar. É impossível pensar em mexer no plano de carreira", afirma a presidente do sindicato, Helenir Schürer.

Após o encontro, o governador Eduardo Leite (PSDB) ponderou que o Rio Grande do Sul tem uma perda de R$ 5 bilhões anualmente devido às leis que reduziram as alíquotas de impostos. "Nós temos uma Lei de Responsabilidade Fiscal e a necessidade de manter as contas em equilíbrio, em favor da educação e dos próprios professores e funcionários de escolas, porque eles sofrem as consequências de o estado ficar desajustado."

Leite disse que irá tratar da perda de receitas em conversas hoje, em Brasília, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que estão analisando as demandas dos estados. "Na expectativa de termos um horizonte melhor sobre as nossas receitas, a gente pretende se reunir na semana que vem, novamente, com o Cpers, pra apresentar as perspectivas sobre como daremos cumprimento à Lei do Piso aqui no Estado", disse Leite.

Mais cedo, na manhã de ontem, em entrevista à Rádio Gaúcha, a secretária da Fazenda Pricilla Santana garantiu que todos os professores receberão o piso salarial reajustado. A secretária diz que os técnicos da pasta estão estudando possibilidades para conceder o máximo de reajuste diante da queda de arrecadação. Na entrevista, Pricilla afirmou ainda que o reajuste não será o mesmo para professores aposentados, contrariando a cobrança feita pelo Cpers.

Reajuste também para funcionários
O diretor do núcleo do Cpers em Pelotas, Mauro Rogério Amaral, explica que a demanda dos professores é o pagamento do piso para todos os profissionais da categoria, que inclui os profissionais de limpeza e merendeiras, e os aposentados.

"A nossa reivindicação é para que o piso seja pago na integralidade para todos, sem descontar das nossas vantagens", diz. "O governador tem falado, na campanha e quando assumiu novamente, que a educação será prioridade. Não dá pra priorizar a educação se não valorizar quem faz esse trabalho diretamente na escola, que são os professores e funcionários".

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