Operação Mercator

PF combate crimes financeiros na fronteira do Brasil com Uruguai

Comércios estabelecidos no Chui e Santa Vitória do Palmar recebiam recursos de criminosos de outros estados para lavagem de dinheiro e evasão de divisas

Divulgação PF - O principal alvo da ação policial é responsável por dois grandes estabelecimentos comerciais da região

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (01) a Operação Mercator, de repressão a crimes financeiros como evasão de divisas, câmbio ilegal, lavagem de dinheiro, além de organização criminosa, na região da fronteira do Brasil com o Uruguai. Na ação, policiais federais cumprem cinco mandados de busca e apreensão nos municípios do Chui e Santa Vitória do Palmar.
O principal alvo da ação policial é responsável por dois grandes estabelecimentos comerciais da região, os quais movimentaram elevada quantia com suspeita de origem ilícita. Também são executadas medidas de constrição de bens e valores, com o bloqueio de contas bancárias de duas empresas da região e demais envolvidos, totalizando a determinação de indisponibilidade de até R$ 30 milhões, bem como a restrição de transferência de veículos pertencentes aos principais investigados.
Além dessas medidas, foram decretadas a impossibilidade de comunicação entre os investigados, a proibição de gestão dos estabelecimentos e o comparecimento periódico ao juízo.
O início
A investigação teve início a partir do compartilhamento de provas pela Delegacia de Araguaína (TO), que indicava a remessa de valores ilícitos para estabelecimento investigado na Operação Mercator. O grupo estabelecido na região seria responsável pela lavagem de dinheiro e remessa de valores ao Uruguai, com a transposição física de dinheiro em espécie, em conexão com casas de câmbio do país vizinho.
Há indícios de lavagem de dinheiro de crimes como o contrabando e descaminho, entre outros, a partir do recebimento de valores por comércios locais. Os recursos eram enviados de diversos estados do Brasil por pessoas físicas e jurídicas, muitas sem identificação de origem, sem atividade relacionada aos estabelecimentos comerciais suspeitos que justificasse a remessa dos valores. Entre 2019 e 2021, a organização recebeu aproximadamente 30 milhões de reais, a maior parte com indícios de origem ilícita e provável destino ao exterior.


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