Finanças

Sócios em dia quase dobram, mas Brasil segue “escolhendo” quem pagar

Vice de finanças do clube, Vilmar Xavier fala dos atrasos com jogadores do elenco anterior e cita queda brusca de arrecadação oriunda de patrocinadores

Foto: Carlos Queiroz - DP - Quantidade atual de associados adimplentes está na casa dos 1,5 mil

Enquanto forma o elenco de 2024, a direção do Brasil tenta encontrar formas para quitar todos os compromissos – tarefa complicada. Segundo o vice de finanças do clube, Vilmar Xavier, um dos principais pontos positivos é o aumento do número de sócios em dia, de cerca de 900 em outubro para 1,5 mil atualmente. Mesmo assim, a questão econômica continua delicada.

“Dá pra fazer uma comparação com o Pronto-Socorro. Tu tem dez leitos e cem pacientes. Então todos os dias tu tem que dizer: ‘esse aqui vou salvar, vou dar o remédio, esse aqui eu não tenho’. Todos os dias é uma decisão, pago um, não pago outro. E quando a gente diz que não pode pagar, claro que dói no coração da gente, não é isso que a gente queria”, disse nesta terça-feira (21) o dirigente.

> Brasil jogará mais em casa do que fora no Gauchão 2024.

Xavier lamenta a ausência do Rubro-Negro na Copa do Brasil, eliminando a robusta cota recebida em 2022 e 2023. O vice financeiro pediu paciência ao torcedor, ressaltou que não está sendo proposto nenhum “projeto mirabolante” e prometeu uma campanha ligada ao patrimônio a ser lançada em breve. Vilmar cita o já conhecido bloqueio judicial de aproximadamente 50% das receitas do Xavante, por conta das dívidas.

Atraso com atletas de 2023

O não pagamento em dia de parcela do acordo de parcelamento de salários com os jogadores do elenco da temporada 2023 gerou reclamação pública de alguns atletas que defenderam o Brasil neste ano. Conforme o dirigente, os valores de setembro e outubro foram quitados, e em novembro há um atraso de uma semana.

“Já deu pra botar muita coisa em dia, embora aí pra fora não esteja transparecendo. A gente viu reclamação dos atletas antigos. Não tiro razão deles, mas nos deixaram uma herança de quatro folhas atrasadas de comissão técnica e jogadores. Em um mês a gente não consegue preparar a chegada dos atletas, começar uma temporada, e quitar tudo dos atrasados”, argumentou Vilmar.

Ainda de acordo com ele, a nova Executiva quitou salários de funcionários do clube e enviou metade do dinheiro do 13º, algo que não teria acontecido no ano passado, com o pagamento desse benefício somente em fevereiro e março. Diante do cenário, a queda brusca de arrecadação com patrocinadores também pesa – “receita quase insignificante” hoje devido à falta de competições em andamento.

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