Série D 2023

RZ projeta jogo contra o Patrocinense: “Agora é uma nova história”

Treinador do Brasil lamenta desfalques, fala do peso da torcida na partida de ida e diz que, por conta da continuidade, time vive melhor fase

Foto: Augusto Cabral - GEB - Suspenso, técnico rubro-negro não ficará à beira do campo no domingo; ele concedeu coletiva nesta sexta

Rogério Zimmermann não estará à beira do campo durante o jogo do Brasil contra o Patrocinense, às 16h deste domingo (30), no Bento Freitas, pela ida da segunda fase da Série D. E não será o único desfalque, já que Mário Henrique e Wellington também desfalcarão o Xavante. Nesta sexta, o treinador concedeu coletiva lamentando as importantes ausências. Além disso, durante meia hora, RZ falou de vários outros assuntos (a entrevista completa em vídeo está disponível neste link).

Formato de disputa da competição, pouca profundidade do elenco, nível das atuações, adaptações dos atletas, alternativas táticas, influência da torcida e bola aérea também estiveram entre as pautas. A seguir, veja os principais trechos.

> Brasil mantém preços de ingressos e promoções para o jogo de domingo.

Desfalques

“São problemas que a gente gostaria de não ter. Mas como falei na coletiva após o jogo [contra o Concórdia], se a gente não tivesse nenhum e não tivesse classificado, seria pior. A gente tem que confiar na força do grupo. Foram poucas partidas em que nós contamos com todos os jogadores à disposição. A gente lamenta a ausência de alguns jogadores porque, como nosso grupo é pequeno, às vezes faltam algumas opções, algumas características pra ficar na suplência, e hoje com cinco trocas isso ajuda muito.”

Motivado por ter garantido a classificação. Confiar nos jogadores que vão estar à disposição, confiar no apoio do torcedor, na presença do torcedor, no incentivo do torcedor, até pra superar essas dificuldades.

> Estatísticas de Brasil e Patrocinense são parecidas na Série D.

Cruzamentos com times do grupo A7

“Por que se tem que cruzar sempre com o time do Rio, de São Paulo ou de Minas? Na primeira fase já deveria ser misturado, já comentamos sobre isso. Mas na segunda fase você pega um grupo mais próximo, e a gente sabe que são grandes centros. Foi uma equipe que chegou em primeiro lugar quando tinha ali três paulistas.”

Aspecto mental do elenco

“Em alguma coisa, a reta final da fase classificatória se aproximou um pouco em função de que nós também estávamos quase num mata-mata. Se não ganha do Caxias está fora, se não ganha do Novo Hamburgo está fora, se não ganha do Concórdia está fora. Então já foi também um emocional muito forte.”

> Ministério Público solicita ao Brasil documentos sobre a destituição de Evânio Tavares.

Histórico do clube

“Eu conto um pouco da torcida do clube, quando chegam. Pra ter um entendimento. Mas daquele momento não se traz muita coisa não. São outros tempos, outros jogadores, outros adversários, outro momento. A gente fica com boas recordações, mas a preocupação que eu tenho, e passo pros atletas, é dos cuidados que vamos ter enfrentando esse forte adversário.”

Pedido por arbitragem de vídeo [estará só a partir das quartas de final, quando os jogos valem acesso]

“Deveria ter VAR já. Se faz tanta economia em outras coisas, mas se deveria ter VAR, até pela segurança da própria arbitragem. A questão, quando você reduz a dois jogos, pode ter alguma situação que foge até do controle normal. Mas é essa a competição, é esse o enfrentamento.”

> Zimmermann está a cinco jogos de virar o treinador que mais dirigiu o Brasil na história.

Nível de atuação da equipe melhor que no Gauchão

“Não estou dizendo que nosso time está jogando muito bem. Estou comparando ele ao Gauchão, acho que nós estamos jogando melhor. Mais equilibrado entre atacar e defender. Acho que estamos, dentro do nosso orçamento, bem honesto. Obviamente, quando você está jogando o Gauchão, são os primeiros 11 jogos. Você faz três jogos, quatro jogos, de Copa do Brasil. Quanto mais a equipe jogar, existe uma tendência de estar melhor. Saíram jogadores, se machucaram outros, e aquela continuidade que a gente queria no Gauchão, a gente não conseguiu.”

> Adversário do Brasil tem o técnico mais jovem das quatro divisões nacionais.

“Na virada do turno, um Tony, um Branquinho, aquelas contratações depois do Gauchão, começaram a ter mais tempo de trabalho. O próprio Mário, que não tinha jogado. Depois coincidiu que a maioria dos jogadores saiu do departamento médico. Os jogadores que chegaram já estavam mais adaptados. Se essa equipe que está agora tivesse jogado o Gauchão, talvez a gente tivesse feito uma campanha até melhor. Mas isso é quando você está com todo mundo. O Wellington estava no Gauchão, mas ele está melhor. É como se você contratasse um outro jogador. Germano, Beléa… Por isso eu disse que nossa equipe estava melhor. Estava com a mesma base. Amaral, Chicão, João da vida, jogando no nível que eles estavam, e quem estava num nível médio ainda melhorou.”

“Nessa próxima partida você está sem o Mário, que é o goleador, sem o Wellington, sem o treinador. Entre a média do nosso melhor momento na Série D e o nosso melhor momento no Gauchão, acho que a gente está melhor. E é pra estar.”

Condição física de alguns atletas

“Vejo se a nossa equipe está em condições não pelo time [titular], mas por quem fica à disposição, por causa das trocas. Beléa, Germano e Rafael Costa ainda estão descontados. Eles deveriam ter parado, tido uma recuperação melhor e tal. Só que os jogos nos obrigavam a colocar. E evidentemente quando o jogador não está na sua melhor forma, e faz um jogo de quase 90 minutos, gera alguns problemas. Eles deixam de treinar alguns dias da semana. É uma coisa que vamos estudar.”

Amaral, Chicão e Germano brigam por duas vagas

“A gente conseguiu ganhar com Chicão e Germano, depois o Chicão saiu e entrou o Amaral e a gente conseguiu ganhar. Depois saiu o Germano, jogou Chicão e Amaral e a gente ganhou de Caxias e Novo Hambugo. Agora temos que criar uma estratégia, ver se tem algum jogador que a gente guarda pro segundo tempo, se tem algum jogador que a gente aguarda até quando der e depois troca. Pesa mais isso do que a característica, porque a característica a gente consegue adaptar.”

Força do torcedor

“Primeiro, [a estatística – invicto em casa] comprova que a força do torcedor é muito grande. E justifica nossa classificação. Agora, pra essa partida tu não traz nada. Você não pode entrar e chegar, assim, pro adversário: ‘olha, nós estamos fazendo campanha boa’. Aí quando nós chegarmos lá eles vão fazer a mesma coisa. Eles têm uma das melhores defesas da competição. Isso justificou nossa classificação e que a torcida é fantástica. Agora, é suficiente? Só vamos saber durante a partida. Os jogadores vão ter que jogar tudo de novo, mais e melhor. O incentivo da torcida serviu pra classificar. O time, a torcida, vão ter que fazer por onde, tudo de novo. Agora é uma nova história.”

Possibilidade de usar Rafael Costa e Da Silva juntos

“Isso vem sendo treinado. Ainda não utilizei no jogo porque o próprio Rafael, assim como o Branquinho e o Tony, foi se adaptando. Estava há dois meses parado. Como a gente tem um grupo pequeno, a gente tem treinado várias opções. Se colocar, já foi treinado. Essa é a obrigação do treinador. Às vezes você treina, não utiliza e tal, mas você não pode colocar nada em campo que o jogador diga ‘nunca fizemos isso’.”

Dificuldade de contratações pontuais

“Esse era o momento de reforçar a equipe. Estou extremamente com os jogadores que estão. Mas daqui a pouco tu não conta com o Mário, com o Wellington. Daqui a pouco alguém se lesiona. Eu confio muito, mas vamos combinar que é um grupo pequeno. As outras equipes estão aumentando a folha. Nós diminuímos, porque saiu o Patrick. Da outra vez saiu o Guilherme, trouxemos o Rafael Costa. Agora saiu o Patrick, não contratamos. Deveríamos contratar, pra tu ter mais opções. Se me garantissem que eu teria esses 20 jogadores de linha todos os jogos, ninguém vai se lesionar, ninguém vai ser expulso, não precisaria contratar. É uma pena, não vou estender a resposta porque vocês sabem os motivos.”

> Priorizando quitação da folha atual, Brasil não deve contratar novos reforços.

Bola aérea [o Patrocinense sofreu quatro dos oito gols na Série D dessa forma, mas o Brasil ainda não marcou de cabeça na competição]

“Quando a gente fazia gol de bola aérea, naquele tempo, eu dizia que não tinha a mínima importância, desde que saia o gol. Agora é a mesma coisa. O importante é que saiu o gol do Beléa. Antes se dizia ‘bola parada, bola parada, bola parada’. Pra mim, é mais uma opção. Agora, se os gols estão saindo com o pé, com a cabeça, pé esquerdo, pé direito, o importante é que saia. Tenho certeza que vai ter muita bola parada contra e a favor. Todos os jogos que eu vi têm. […] O Patrocinense jogou melhor que a Inter de Limeira e levou o gol quando ficaram com um a menos.”

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