Matéria atualizada às 21h48min desta quinta, com a manifestação do presidente do Conselho.

O Ministério Público notificou o Grêmio Esportivo Brasil nesta quinta (27) solicitando informações a respeito do processo de destituição do então presidente Evânio Tavares, que aconteceu durante o mês passado. Foi dado um prazo de 20 dias para que o Conselho Deliberativo (CD) do Xavante apresente os documentos pedidos. A notícia foi publicada inicialmente pelo jornalista Marrone Silva, da Rádio Pelotense, e confirmada pelo DP.

Procurado, o promotor do Ministério Público responsável pelo caso afirmou que a investigação ocorre sob sigilo por enquanto. Representantes do Conselho Deliberativo que conversaram com a reportagem enxergam a situação com normalidade, alegando que o andamento do processo de destituição de Evânio aconteceu com apoio jurídico.

Na noite desta quinta, o presidente do Conselho, Pablo Chagas, se manifestou via Instagram sobre o assunto: "O presidente Ricardo Fonseca recebeu o ofício do Ministério Público, que foi destinado ao Grêmio Esportivo Brasil, e encaminhou-me, solicitando a documentação do processo de afastamento do ex-presidente. Recebi este ofício com 'bons olhos', pois foi uma das solicitações que fizemos à Executiva e até o presente momento não fomos atendidos. Alegro-me em saber que o Ministério Público, instituição que é sinônimo de integridade, está disposto a investigar tudo o que aconteceu com o Grêmio Esportivo Brasil, para o bem do GEB. Agora, tenho certeza que tudo será elucidado e que nossa luta por integridade, responsabilização e transparência não foi em vão".

Relembre

Em 3 de junho, uma reunião extraordinária do Conselho definiu o afastamento do mandatário por 30 dias. A decisão foi tomada para que o Conselho Fiscal tivesse acesso a uma série de documentos assinados pela Direção Executiva do clube e, então, iniciasse um trabalho de fiscalização das finanças da gestão de Evânio.

No dia 21 do mês passado, o dirigente protocolou um pedido de renúncia ao cargo, enquanto ainda estava afastado. Em 24 de junho, uma assembleia geral extraordinária no Bento Freitas, com participação de associados, confirmou por 38 votos a sete a destituição do presidente. O Conselho Fiscal identificou, à época, gestão temerária.

Desde então, os três vice-presidentes aclamados na chapa única que foi homologada para concorrer à presidência, ano passado, respondem legalmente pelo Xavante: Ricardo Fonseca (de futebol), Julio Sanabria (administrativo) e José Argoud (financeiro).